terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Mundial do Livro

Hoje é o Dia Mundial do Livro.
Como estamos na semana de festejar a LIBERDADE a Cristina contou-nos mais uma história sobre esse tesouro e que se chama mesmo "O Tesouro" de Manuel António Pina.


Esta história fala-nos de um país onde as pessoas viviam sempre tristes por alguém lhes ter roubado um tesouro enorme e que era fundamental para se ser feliz. Um país onde as pessoas não podiam escolher os seus governantes, nem votar neles, onde os jovens eram obrigados a ir à guerra e matar pessoas, onde os rapazes e as raparigas andavam em escolas separadas... onde havia uma polícia especial que em vez de regular o trânsito e apanhar os ladrões, espiava as pessoas para que elas não pensassem pela sua própria cabeça, mas sim que pensassem como eles queriam que pensassem...
Enfim era um país que apesar de ser lindo e cheio de sol estava cheio de pessoas muito tristes pois estavam privadas do seu maior tesouro que é a LIBERDADE.


A Cristina disse que espera que nós lutemos sempre pela nossa liberdade, o que será que ela quis dizer com isso?

Beijinhos......

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Liberdade

Esta semana festejamos o Dia da Liberdade! Integrámos hoje várias áreas de conteúdo desde a língua às ciências. Começámos com a leitura de uma história de quando a Cristina era criança, que nos explica como era a vida em Portugal antes do 25 de Abril de 1974. A história chama-se "A Cidade dos Vilecos" e é assim:



"A cidade dos Vilecos tem um grande sol.
As crianças costumam aí brincar ao arco com o sol, pois na cidade dos vilecos elas têm essa liberdade e todas as outras liberdades.
Um dia os vilecos fizeram uma grande festa, muito barulhenta. Escreveram nos muros, espalharam versos e flores e dançaram nus.
Houve muitos engarrafamentos.
Então começaram a dizer que eles eram irreflectidos, desobedientes e malcriados. A estes, os vilecos chamaram-lhes velhos.
Os vilecos perceberam que não era possível explicar o segredo da festa aos velhos e não quiseram perder tempo a fazer-lhes festinhas.
Puseram-se então a construir uma cidade.
A cidade não tinha nome para que todos lhe pudessem dar um nome dos seus amores.
Para mim chamo-lhe a cidade dos Vilecos.
...
Os Vilecos eram todos feios, aleijados, anormais e desprezados, porque eram filhos dos pobres; mas quando eles começaram a ter filhos, notou-se que eles eram os mais belos dos humanos.
Os velhos começaram então a invejar as canções dos Vilecos, as festas dos Vilecos, os filhos dos Vilecos e o projecto da Cidade dos Vilecos e começaram a vestir-se de animaisn ferozes, com bonés, fardas, medalhas e tudo. E mandavam toda a gente vestir-se assim; diziam eles, para defender a integridade de muita coisa.
Depois começou a grande perseguição aos Vilecos.
E sobre isto não digo mais nada por causa duma certa besta que tinha milhares de olhos, de que se fala mun livro muito célebre.
Agora os Vilecos procuram juntar-se, mas os olhos da besta aparecem sempre no meio deles; e é por iso que eu escrvo este livro, neste dia, para vos avisar que os verdadeiros Vilecos são aqueles que SABEM CANTAR e que NÃO TÊM VERGONHA DE AMAR."



Esta história, como nos contou a Cristina, já tem quase a idade dela (já deve ter quase 50 anos) e foi escrita por um amigo de um seu tio que se chamava JORGE VILAÇA e que foi um grande artista e conta-nos que era assim a vida em Portugal antes da "Revolução dos Cravos" como é conhecido o "25 de Abril  de 74" no mundo inteiro, por terem sido distribuídos muitos cravos vermelhos às pessoas e aos militares que se encontravam em Lisboa durante esse dia e os seguintes.

Então estava lançado o mote para a experiência de hoje: Tingir cravos brancos de forma a que ficassem vermelhos.

Então colocámos os cravos numa jarra grande com água tintada com corante alimentar vermelho. E agora é só esperar para ver o que acontece.








Beijinhos para todos e viva a LIBERDADE!